Por volta das 7h40min desta terça-feira, a gerente da agropecuária abriu o estabelecimento e deixou a porta encostada. Enquanto aguardava a chegada dos outros funcionários, foi até a cozinha preparar um mate. Foi neste momento que um homem armado com um revólver invadiu a peça e anunciou o assalto, ordenando que ela fosse até o banheiro e permanecesse quieta.
Na entrada, outro homem, também com revólver em punho, repetia a ação com cada funcionário que chegava ao local.
Um vendedor de 33 anos, que pediu para não ser identificado, contou ao Diário os momentos de tensão sofridos por ele e outros sete colegas. A dona do estabelecimento também foi rendida.
Confira a entrevista:
Diário de Santa Maria _ Como você foi rendido?
Vítima _ Cheguei por volta das 7h50min e a porta estava encostada. A agropecuária tem dois pisos. Assim que entrei, um homem, que estava no segundo piso, apontou a arma e disse que era um assalto. Outro assaltante, também armado, estava no andar debaixo e me levou para o banheiro.
Diário_ Vocês foram ameaçados?
Vítima _ Ele mandou eu ficar ajoelhado olhando para o chão e quieto, dizendo que se eu não falasse não iria me machucar, pois só queria o dinheiro do cofre.
Diário_ Os assaltantes estavam encapuzados?
Vítima _ Eles estavam com uma máscara branca, dessas que só tapam a boca e o nariz, usadas por pintores. Acho até que as roubaram da agropecuária.
Diário _ Você e seus colegas chegaram a conversar dentro do banheiro?
Vítima _ Ninguém falava nada e eu só pensava na minha mãe e na minha esposa. Eu rezava para que aquela tensão acabasse logo.